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"A fórmula para chegar lá

Eles conseguiram entrar nos mais disputados cursos das melhores universidades do Brasil e até do Exterior. Saiba como esses alunos venceram as dificuldades para alcançar o topo.

Ver o bom desempenho desses alunos ajuda a quebrar o estigma de que as universidades de excelência são apenas para quem tem dinheiro. Fosse assim, dentre os estudantes de medicina da UFSCar não estaria o indígena Ornaldo Baltazar Ibã, 22 anos. O rapaz é filho do pajé da aldeia Novo Segredo, em Jordão, no Acre. A cidade, de menos de sete mil habitantes e acesso apenas por avião ou barco, é uma das mais pobres e isoladas do País. Para estudar, Ornaldo teve de sair de casa aos 9 anos para morar na vizinha Tarauacá com uma família de não indígenas. E essa foi apenas sua primeira jornada. No ensino médio, mudou-se para Rio Branco e, há uma semana, trocou a capital acriana pela cidade universitária de São Carlos, após conquistar uma vaga em medicina. Distante mais de três mil quilômetros da família, Ornaldo agora aguarda a liberação de uma bolsa da Fundação Nacional do Índio (Funai) de R$ 250 que lhe ajudará a se manter no interior paulista. 


Quando chegam lá, mais que simples alunos, esses jovens muitas vezes se tornam propulsores de mudança dentro das instituições. Foi o caso de Higor Borges Lima, 22 anos, (mora em um bairro popular da zona sul de São Paulo e estudou toda a vida em escola pública). Quando se inscreveu para o vestibular de direito na FGV, o jovem, filho de pai retificador ferramenteiro e mãe auxiliar de enfermagem, sabia que não tinha nenhuma condição de bancar os R$ 3.743 mensais cobrados pelo curso. “Fiquei feliz quando vi que passei em primeiro, mas nem alimentei esperança de estudar lá”, conta.. Mal imaginava ele que, do outro lado da cidade, no campus da FGV, sua aprovação também causava rebuliço. Afinal, foi com surpresa que a direção da instituição constatou que o primeiro colocado vinha de um desconhecido colégio público da zona sul de São Paulo, a escola estadual Professora Maria Petrolina Limeira dos Milagres. O colégio ocupou apenas a humilde 481ª posição no último ranking das escolas paulistanas no Enem, em um total de 897 instituições de ensino médio da cidade. 
 

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